sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Superbactéria. Já ouviu falar né?


As bactérias super-resistentes a antibióticos são um fenômeno recente observado em pacientes que viajaram ao sul da Ásia para fazer cirurgias plásticas e retornaram a seus países. O primeiro estudo foi publicado em 2009, na revista médica The Lancet e se refere ao gene NDM-1, encontrado até o momento nas bactérias Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli, que causam pneumonia e infecção urinária. Esse gene produz resistência até aos antibióticos da classe das carbapenemas e pode levar a uma preocupante pandemia em futuro próximo.
Segundo os cientistas da Universidade de Madras, as novas bactérias chegaram à Grã-Bretanha trazidas por pacientes que viajaram à Índia ou ao Paquistão para realizar tratamentos cosméticos. Ao acompanhar pacientes com sintomas suspeitos, eles encontraram 44 casos (1,5% dos investigados) em Chennai e 26 (8%) em Haryana, na Índia. Eles também detectaram a superbactéria em Bangladesh e no Paquistão, bem como em 37 casos na Grã-Bretanha. Os únicos antibióticos efetivos foram a tigeciclina e a colistina.
Os pesquisadores alertam que o gene se instala nos plasmídeos, estruturas de DNA que podem facilmente ser copiadas e transmitidas para diversos outros tipos de bactéria. "Isso sugere uma alarmante possibilidade de o gene se espalhar e modificar toda a população de bactérias", disse ao Correio Braziliense Timothy Walsh, médico descobridor do gene. A mutação foi causada pelo uso excessivo de antibióticos e porque nos países citados não há grandes cuidados higiênicos.
O gene já foi detectado também na Austrália e em Portugal, onde já se estuda a notificação compulsória. Até o momento, há casos relatados no Brasil, mas as autoridades médicas afirmam que ainda não se classifica a moléstia como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, classificação definida pelo Regulamento Sanitário Internacional (RSI 2005) para medidas contra novos agentes infecciosos. Autoridades da Índia protestaram contra a insinuação de que o país não é seguro para cirurgias. Por causa do turismo médico e das viagens internacionais, e devido à baixa expectativa de novos antibióticos, a bactéria pode se tornar grave problema de saúde pública no mundo todo.
O fenômeno da resistência bacteriana é antigo e decorre de uso indiscriminado de antibióticos e de má higienização nos hospitais. A diferença é que desta vez a resistência chegou ao nível em que nenhum antibiótico surte efeito contra as bactérias.
Em outubro de 2010, um surto da superbactéria causou a morte de 18 pessoas no Distrito Federal, dentro de um universo de 183 contaminados. Entretanto, não é o mesmo micro-organismo da Ásia, apenas possui a mesma origem no gene mutante da Klebsiella pneumoniae. As autoridades médicas posteriormente reconheceram casos em Paraíba, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná. Anunciaram também uma reunião da Anvisa para restringir a venda de antibióticos no Brasil e discutir outros meios de evitar a propagação da superbactéria.
O surto de superbactéria no Distrito Federal foi causado sobretudo pela má higiene hospitalar e pela falta de recursos materiais, enfatizando a necessidade de mais verbas para o SUS e a conscientização de médicos e pacientes contra o uso indiscriminado de antibióticos, o que causa seleção bacteriana. Entretanto, o problema ainda se restringe a ambientes hospitalares. O infectologista Alexandre Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia do Distrito Federal, explica o problema da seguinte forma:

quem corre mais risco de infecção são pacientes que estão com sonda, catéter, pulsão venosa ou em outra situação que possa favorecer a infecção bacteriana. Mas para quem visita o paciente, o risco é de ser colonizado pela bactéria, algo muito diferente de ser contaminado. Ou seja, a bactéria pode estar presente nas mãos, nos braços e no trato digestivo do visitante que manteve contato com o paciente, mas ele só correrá o risco de contaminação se sua saúde estiver debilitada e ele estiver com a imunidade baixa.
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Nota
  • A expressão "superbactéria", muito usada na mídia, não se refere ao poder patogênico do micro-organismo e sim à sua resistência aos antimicrobianos.

MORTALMENTE ctrlcctrlv-ado do 
Grato à todos :D

Cigarro + Anti-concepcional

Mulheres que tomam anticoncepcional oral não devem fumar, devido ao risco de doenças como trombose e derrame cerebral.

Tiana Ellwanger.

Pílula anticoncepcional e cigarro definitivamente não combinam. A prova disso é o que aconteceu com a estudante de Direito Luciana Scotti, que aos 22 anos, enquanto escovava os dentes no banheiro de casa, sentiu uma forte tontura e entrou em convulsão. Após dois meses em coma e duas cirurgias, Luciana ficou tetraplégica e muda.

Apesar de incomum, o problema que Luciana teve não é tão raro assim. “Quando uma pessoa tem trombose, a primeira combinação de que se suspeita é da pílula com o cigarro”, afirma o Presidente da regional fluminense da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, Rossi Murilo da Silva.

Apesar de consultar das bulas, poucas mulheres têm consciência e se preocupam com os riscos que essa combinação pode trazer. “O anticoncepcional deixa o sangue mais viscoso, mais pegajoso. Já o cigarro obstrui as paredes do vaso, aumentando muito orisco de trombose e embolia pulmonar”, alerta.

Perigo para maiores de 35.

O ginecologista e obstetra Abdu Kexfe, diretor do Conselho Regional de Medicina (Cremerj), é radical: mulheres fumantes com mais de 35 anos não podem tomar pílula. “As que têm doenças de coração, muitas varizes e antecedentes na família correm ainda mais risco”, conclui.

O QUE É PRECISO SABER.

- RISCOS

A combinação aumenta o risco de doenças vasculares periféricas (varizes, erisipela, trombose, flebite) e até mesmo AVC (acidente vascular cerebral), conhecido como derrame ou trombose cerebral.

- ESTATÍSTICAS

O cigarro é responsável por quatro em cada dez mortes de mulheres com menos de 65 anos. O risco de derrame é cerca de 2% e 3% maior entre mulheres que usam anticoncepcionais do que em não-usuárias.

- GRUPO DE RISCO

O tempo é um fator importante. Quanto mais tempo uma fumante toma pílula, maior é a chance de ocorrer problemas. Fumantes com mais de 35 anos não podem usar pílula ou devem abandonar o cigarro definitivamente. Mulheres com doenças de coração, hipertensas e que tenham muitas varizes têm ainda mais riscos de trombose. Todos os anticoncepcionais à base de hormônios são arriscados para as fumantes. As pílulas mais novas têm menos hormônios, mas também trazem riscos.




BRUTALMENTE COPIADO do http://www.inca.gov.br/tabagismo/atualidades/ver.asp?id=469
Grato (: